Neste primeiro dia, o público poderá vivenciar experiências que unem tradição, inovação e representatividade, com a abertura da “Mostra Cine #SouManaus” e a “Oficina de Tingimento Natural”, atividade do projeto “Tecelagem na Floresta”.
“O ‘#SouManaus’ é mais do que um festival, é um encontro de identidades, linguagens e memórias que transformam a cidade em palco da cultura amazônica. O Cine #SouManaus e o Tecelagem na Floresta traduzem esse espírito de pluralidade e pertencimento, reafirmando nosso compromisso com a democratização do acesso às artes”, destacou o diretor-presidente da Manauscult, Jender Lobato.
Oficina
A “Oficina de Tingimento Natural”, conduzida pelo estilista e figurinista indígena Sioduhi, do povo piratapuya (waíkahna), nascido na comunidade Mariwá, no médio rio Uaupés, no Amazonas, acontece às 15h, no auditório de Gastronomia da Faculdade Santa Tereza, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul da cidade.
Diretor do Sioduhi Studio, o artista é referência no conceito de futurismo indígena amazônico, que alia moda autoral, sustentabilidade e tradição. Entre as técnicas aplicadas, estão os tingimentos naturais (com a tecnologia ManioColor, baseada na casca da mandioca brava) e o uso de fibras amazônicas (com o tucum).
Como parte da programação do “#SouManaus 2025”, a atividade integra o projeto Tecelagem na Floresta e reforça a ideia de que vestir-se é também um ato de expressão cultural e resistência, fazendo ecoar a voz da floresta em cada criação.
Mostra de cinema
Outra atração que marca o início do festival é a “Mostra Cine #SouManaus”, que chega à sua 10ª edição reafirmando o compromisso do evento com a pluralidade cultural e a democratização do acesso às artes. Dedicada a coletivos e festivais independentes, a mostra traz ao público narrativas que abordam diversidade, periferia, representatividade negra e povos originários.
As exibições acontecem nos dias 2, 3 e 4/9, sempre às 19h, no Centro de Arqueologia de Manaus (CAM), no Centro, zona Sul.
Nesta terça-feira, a mostra apresenta o Cine Diversidade (Festival Close) com filmes que abordam experiências LGBTQIAPN+, como: Tens Cuidado, de Gabriel Leão e Paulla Baçal; Até que a última luz se apague, de Williams Ferry; e Manaus Hot City, de Rafael Ramos.
Neste ano, o “#SouManaus” celebra uma década de existência com o tema “A Festa do Povo Floresta”. O festival se consolidou como o maior festival gratuito de artes integradas do Brasil, transformando a capital amazonense em um grande palco a céu aberto, onde a diversidade cultural encontra espaço para ecoar e se reinventar.
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Texto – Jéssica Trajano/Manauscult
Fotos – Arquivo/Semcom