Uma nova etapa do trabalho diário de limpeza da orla de Manaus foi realizada nesta terça-feira, 1º/7, pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp). Desta vez, a ação se concentrou na área da orla da Glória, nas proximidades da ponte do Bariri, onde uma grande quantidade de resíduos foi retirada das margens do rio Negro.
A cena se repete em vários pontos da cidade: o lixo lançado de forma irregular em ruas, canais e lixeiras clandestinas é arrastado pela força das chuvas e das águas, e se acumula nas orlas e igarapés. Todo esse material — garrafas PET, embalagens plásticas, isopor, papelão e outros resíduos sólidos — poderia ter sido reciclado, gerando renda para cooperativas e associações de catadores. Em vez disso, se transforma em ameaça ao meio ambiente, à saúde pública e à imagem da cidade.
Segundo a Semulsp, cerca de 300 toneladas de lixo são retiradas todos os meses apenas da orla de Manaus. Esse volume representa uma parcela significativa do total de duas mil toneladas de resíduos recolhidas diariamente na capital, somando o que é coletado nas residências, nos mutirões de limpeza, interceptado pelas ecobarreiras flutuantes e removido de áreas de descarte irregular.
“O lixo que chega ao rio é o mesmo que foi jogado nas ruas, nos becos, em lixeiras clandestinas. Estamos falando de um problema que começa com a falta de consciência. Por isso, seguimos, todos os dias, com homens e máquinas nas ruas, atendendo orientação do prefeito David Almeida e trabalhando por uma cidade mais limpa, saudável e digna”, afirmou o secretário da Semulsp, Sabá Reis.
Além da orla da Glória, as equipes da Semulsp atuam diariamente em outros trechos da margem do Rio Negro, como o entorno do Mirante Lúcia Almeida, Panair, Manaus Moderna, Marina do David, entre outros pontos estratégicos da cidade.
A Prefeitura reforça que o descarte inadequado de resíduos não é apenas uma questão estética. Ele compromete a saúde pública, por favorecer a proliferação de vetores de doenças como dengue e leptospirose; prejudica a fauna aquática e a qualidade da água; e interfere na cadeia da reciclagem, ao desviar materiais que poderiam gerar trabalho e renda.
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Texto – Dora Tupinambá / Semulsp
Fotos – Ascom/Semulsp