Na quarta-feira (12/02), participarão startups, empresas, fundações, investidores e acadêmicos
Foto: Bruno Leão/Sedecti
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) avançou na construção do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas, nesta terça-feira (11/02), durante o evento Diálogos – Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas, no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus. O encontro ouviu representantes de povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais (PQCTs) para contribuir na formulação de um plano estratégico voltado ao desenvolvimento sustentável da região.
Durante a abertura do evento, o secretário da Sedecti, Serafim Corrêa, ressaltou a importância da escuta ativa de diferentes públicos ligados à bioeconomia no processo de elaboração do plano, valorizando suas experiências e vivências. Ele destacou ainda que esta é uma das 80 escutas que a secretaria realizará.
“A construção de um plano começa ouvindo as pessoas envolvidas no processo. Diálogos é a denominação dada, e tem esse objetivo, ouvir. Nós temos dois ouvidos e uma boca, então é melhor ouvir dobrado daquilo que falamos. E a Sedecti dá início a esse processo ouvindo a sociedade, ouvindo os parceiros para que possamos construir o plano no que há de melhor no campo da bioeconomia”, destacou.
A iniciativa da Sedecti atende à recomendação do governador Wilson Lima, que enfatizou a necessidade de um planejamento detalhado e responsável. “Nada de pressa, mas eu garanto que ainda este ano nós teremos o plano, só que para isso vamos seguir todas as etapas com cautela, inclusive por orientação do governador Wilson Lima”.
Dentre os participantes, esteve presente o cacique Domingos Francis Prado Vaz, da comunidade indígena Cipiá, localizada a cerca de 35 quilômetros de Manaus. Conhecido como “Cuia” em sua língua, ele compartilhou a experiência de sua comunidade com o etnoturismo e a valorização da cultura indígena.
Fotos: Bruno Leão/Sedecti“É sempre interessante estar nessas etapas, porque nós somos as raízes, conhecemos também como preservar a natureza, de onde realmente tirar e como sempre indicar a natureza. Então, para a gente, é sempre bom. Nem todas as coisas a gente sabe, mas estamos aqui também para aprender, como desenvolver, como cuidar melhor e como fazer o replante”, revela.
A diretora de Bionegócios do CBA, Andrea Lanza, destacou que a construção do plano de bioeconomia do Estado do Amazonas vem sendo acompanhada desde o ano passado, com participação ativa nas discussões, desde as fases iniciais, na formulação do projeto, até o momento atual, em que a sociedade é ouvida para garantir transparência e visibilidade ao processo.
“É muito bom, hoje, sermos palco deste cenário de discussões, de discussões que vão alavancar cada vez mais esse ponto, essa compreensão e transformar esse plano de bioeconomia do Estado, em algo palpável, algo operacional de fato, e não somente que fique naquela letra, a letra morta, como a gente fala. Então, assim, estamos muito felizes de estar abrigando aqui o start, o primeiro encontro do ano nessas eletivas, nessas audições”, destacou.
Na quarta-feira (12/02), participarão startups, empresas, fundações, investidores e acadêmicos para contribuir na formulação de um plano estratégico voltado ao desenvolvimento sustentável da região. Após os dois dias, a Sedecti dará continuidade às Escutas Regionais, que serão realizadas em diversas cidades do interior, seguindo para a consolidação das informações e a validação da primeira versão do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas.
Entre as principais ações que estão sendo discutidas para a construção do plano estão linhas de crédito, a aplicação de pesquisas para fortalecer cadeias socioprodutivas, a expansão do uso de energia solar, a certificação de produtos e a criação de um banco de mudas. Essas iniciativas estão alinhadas aos eixos prioritários do plano: ecossistema de negócios, descarbonização e energia renovável, pessoas e cultura, patrimônio cultural e genético, e governança.
Esteve presente no primeiro dia do Diálogos os representantes do CBA, Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), Conselho Regional de Economia do Amazonas e Roraima (Corecon-AM/RR), Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e outras instituições.