O Dia do Artista Plástico é celebrado em homenagem a uma das expressões mais antigas e significativas da natureza humana: a pintura. Instituída no Brasil em 1950, essa data de 8 de maio foi escolhida por coincidir com o nascimento de José Ferraz de Almeida Júnior, destacado pintor brasileiro do século XIX e figura central na consolidação das artes plásticas no país.
A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) tem demonstrado um compromisso contínuo com a promoção e valorização das artes visuais na região. Ao sediar exposições de artistas locais, como a de Edmar Monte, servidor da própria Casa, a Aleam não apenas reconhece o talento de seus colaboradores, mas também fortalece o vínculo entre o Poder Legislativo e a comunidade artística.
As obras de Monte, expostas nos corredores da Assembleia, proporcionam aos visitantes e servidores uma experiência estética enriquecedora, transformando o ambiente institucional em um espaço de apreciação cultural.
Além disso, a Assembleia tem apoiado diversas iniciativas artísticas, promovendo exposições que retratam temas relevantes para a sociedade amazonense. Essas ações evidenciam o papel da Casa na difusão da cultura e na valorização dos artistas locais, contribuindo para o fortalecimento da identidade cultural do Amazonas.
O servidor da Assembleia Legislativa, Edmar Monte, diz que não se considera um artista plástico, pois começou a pintar como medida terapêutica para diminuir os efeitos do Mal de Parkinson.
“Tive que me reinventar sete anos atrás, e essa reinvenção me levou para pintura, apesar de nunca ter pintado na vida. Fui criando meus próprios traços, e hoje digo que a minha pintura, os traços que eu faço, são os traços do Parkinson, porque eles não têm linha reta, são todas curvas. Comecei a ver na pintura uma forma de poder dizer para as pessoas “eu pude, se eu consigo, você também pode”, explicou.
Passarela das artes
A passarela das Artes, localizada na Assembleia Legislativa, representa mais do que uma intervenção estética em um ambiente institucional. Trata-se de uma mudança em um espaço antes impessoal, um corredor branco, silencioso e sem identidade, que, graças à presença das telas, foi transfigurado em um percurso sensorial e reflexivo. O que antes era apenas um meio de passagem tornou-se, com a arte, um lugar de permanência, contemplação e encontro.
A artista plástica Keila Anjos percebe que o papel do artista plástico no contexto contemporâneo se transformou profundamente.
“A expansão dos suportes e a presença da imaterialidade na arte como instalações efêmeras, arte digital e experiências interativas ampliou o nosso campo de ação e nos permitiu explorar linguagens mais livres e híbridas. Sinto que, mais do que nunca, o artista é também um comunicador, um agente político, um narrador sensível do seu tempo. O foco deixou de ser apenas o objeto e passou a incluir o processo, a ideia, o contexto e a vivência que a obra proporciona”, argumentou.
Keila acredita que sua prática artística é profundamente atravessada pelas questões sociais e culturais que a cercam. “Cresci em meio a realidades diversas e, desde cedo, a arte foi minha forma de entender e expressar o mundo. Eu dialogo com temas como ancestralidade, identidade amazônica, feminilidade e preservação ambiental, buscando sempre trazer uma estética que una força e sensibilidade. Quando o público se depara com minhas obras, percebo que muitas pessoas se identificam, se emocionam ou se reconhecem nelas. Isso reforça meu compromisso de criar arte que não apenas represente, mas também provoque transformação mesmo que sutil na percepção das pessoas sobre si mesmas e o lugar onde vivem”, finalizou.